segunda-feira, 14 de abril de 2014

Hambúrgueres causam dano não só a pessoas, mas também ao clima





© Flickr.com/pointnshoot


A agricultura ameaça o meio ambiente não menos que a energia e os transportes.


Na produção de meio quilo de carne é emitida a mesma quantidade de gases de efeito estufa, como ao ir de carro a uma distância de várias dezenas de quilômetros. A essas conclusões chegaram especialistas da ONU. Mas, para melhorar a situação a humanidade não tem que necessariamente expurgar carne de sua dieta.

Para um hambúrguer de carne pesando apenas 225 gramas, é preciso picar a carne, adicionar sal e pimenta, adicionar cebola picada e ketchup, e lançar na atmosfera aproximadamente tanto gás de efeito estufa como ao dirigir um carro a uma distância de cerca de 16 quilômetros.

Na pecuária são identificados vários fatores que são prejudiciais ao clima. Os animais consomem enormes quantidades de plantas que poderiam absorver o dióxido de carbono. Há que ter em conta o metano, que é liberado como produto de vida de ungulados. O uso de congeladores, fertilizantes, etc. agrava a situação.

Tal é o preço de um hambúrguer para o jantar, nota o chefe do grupo de trabalho da União de Industriais e Empresários russa para questões de mudança climática, Mikhail Yulkin:

“Estamos pagando caro por “comer delicioso”, inclusive com o estado do ambiente, e o grave impacto da pecuária sobre o clima. Em alguns países, por exemplo na Nova Zelândia, a pecuária é a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa”.

E quanto mais pessoas há na Terra, tanto mais hambúrgueres são produzidos. Por isso as pessoas que estão reduzindo a quantidade de carne na sua dieta, podem considerar que estão contribuindo para a preservação do meio ambiente, nota o representante do World Wide Fund for Nature (WWF, Fundo Mundial para a Natureza) Alexei Kokorin:

“As pessoas consomem mais carne do que é necessário para o corpo humano. Uma dieta mais equilibrada, com menos carne, automaticamente resultará em menor consumo de energia e, portanto, em reduzidas emissões de gases de efeito estufa”.

No entanto, talvez não valha a pena abandonar a carne de todo. Talvez, seja suficiente adotar uma abordagem mais sensata à agricultura, comenta Mikhail Yulkin:

“Podemos evitar a rejeição completa da carne. No entanto, na organização da produção agrícola ha que ter em conta o impacto negativo sobre o clima e tentar minimizá-lo. Possivelmente também compensá-lo plantando florestas e usando o solo de forma sensata”.

Pelo impacto negativo sobre o meio ambiente a agricultura ocupa apenas o terceiro lugar depois dos setores de energia e transportes. No entanto, alguns especialistas temem que para desacelerar o aquecimento global já não baste melhorar apenas a indústria e os transportes. Uma atualização de tecnologias e uma reforma são também necessárias na agricultura.
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